Estudantes estão se adaptando à proibição dos celulares nas escolas 6n5y46

Na Escola D. Pedro II, os alunos estão respeitando a lei

As aulas em todas as escolas de Vargem Grande do Sul foram retomadas no início deste mês, com a Lei nº 15.100/2025, que restringe o uso de celulares nas escolas, já em vigor.
Com a lei, cada uma das redes de ensino e escolas, públicas e privadas, precisavam definir suas próprias estratégias de implementação até o início do ano letivo. A legislação surge em resposta ao crescente debate sobre o uso desses aparelhos nas escolas, que gera grande preocupação a especialistas e à população em geral, devido aos impactos negativos no aprendizado, na concentração e na saúde mental dos jovens.
A Gazeta de Vargem Grande entrevistou o diretor da Escola Estadual José Gilberto de Oliveira Souza, Vicente Orrico Neto, para saber como está a questão na escola desde que as aulas tiveram início, no dia 3 de fevereiro.
Atualmente, a escola E.E. Professor José Gilberto de Oliveira Souza, no Jardim Dolores, tem três períodos, manhã, tarde e noite, somando 776 alunos. Ao jornal, Vicente explicou que, inicialmente, a escola fez o acolhimento dos alunos no primeiro dia letivo e que, neste dia atípico, nada foi tratado sobre o assunto.
“Na terça-feira, dia 4 de fevereiro, foi realizada uma reunião extraordinária com a comunidade escolar, para explicarmos como seria o cumprimento da lei Estadual/Federal que proíbe o celular na escola. Os pais e responsáveis compareceram em massa e concordaram com os termos da escola. Nós criamos um protocolo de atendimento, quando houver transgressão da lei”, explicou.
Questionado se já é possível notar alguma diferença nas salas de aula, com a proibição dos aparelhos celulares, disse que sim. “Notamos que os alunos estão mais agitados e mais participativos. Eles acompanham com mais interesse as aulas e participam mais quando instados a fazê-lo”, comentou.
Para o diretor, os alunos, em sua maioria, estão respeitando a lei. “Muitos perguntam aos educadores se realmente é proibido e nós confirmamos. Alguns são insistentes, característica comum aos adolescentes. Porém temos um protocolo de atendimento para esses casos que tem funcionado a contento”, pontuou.
No entanto, nem tudo são flores o tempo todo, uma vez que Vicente disse que já houve casos de alunos desrespeitando a lei. “Sempre há aqueles que tentarão burlar a lei, mas ele é imediatamente orientado a mudar de postura e seguir o que foi estabelecido na lei. Não houve até o presente momento, enfrentamento e medidas mais severas”, comentou.
O diretor ressaltou que, embora seja preciso cumprir a lei, a escola preza pela convivência harmoniosa de todos. “Temos um protocolo geral, que faz parte do Programa Convivência Pacífica na Escola (CONVIVA), que ajuda os profissionais a tomarem medidas educativas, orientadoras, mediadoras e conscientizadoras”, contou.
Ao ser perguntado como era anteriormente, se os professores enfrentavam situações desafiadoras quanto ao uso, muitas vezes excessivo, do celular na escola, Vicente disse que sim. “Sem dúvidas. Havia uma disputa hercúlea para que o aluno deixasse o aparelho de lado e particie da aula. Muitos exageravam o uso do celular, mesmo no intervalo. Realmente a situação estava bastante crítica e confesso que a legislação demorou a ser criada. Embora já houvesse uma lei de 2018, que proibia o uso do celular na sala de aula, porém pouco cumprida”, pontuou.

Fotos: Arquivo Pessoal / Prefeitura Municipal

Retorno tranquilo
A Gazeta de Vargem Grande também contatou a Escola D. Pedro II para saber como foi o retorno às aulas com a proibição do uso dos celulares. As aulas na escola, que está com cerca de 800 alunos, também retomaram no dia 3 deste mês.
Segundo o informado pela diretora pedagógica Fátima Gaiardo Lotti, a volta às aulas foi bem tranquila, sem nenhuma ocorrência. “No período de planejamento, tivemos reuniões com profissionais especializados, professores e pais para fazer que o cumprimento da lei seja feito com compreensão desse tripé”, explicou.
Até o momento, felizmente nenhum aluno tentou desrespeitar a lei que proíbe o uso dos celulares. Antes, no entanto, este era um problema para a escola e professores. “É notória a diferença durante às aulas e intervalos. A comunicação é outra, voltaram o bate-papo durante o lanche, as brincadeiras e a atenção do que está acontecendo ao redor”, informou.

Sem retorno
O jornal entrou em contato com a Prefeitura Municipal para saber como foi o retorno das aulas nas escolas da Rede Municipal de Ensino, com a proibição do uso de celulares.
As aulas nas escolas da rede tiveram início na terça-feira, dia 4 de fevereiro. O jornal questionou quantos alunos há hoje nas escolas da prefeitura e como foi este início das aulas com a lei de proibição de celular.
Embora os alunos da rede municipal sejam mais jovens, o jornal perguntou se os diretores e professores enfrentavam algum desafio com o uso de celulares antes da lei entrar em vigor, se já é possível notar alguma diferença nas salas de aula, se os alunos estão respeitando a lei e também se já houve algum caso do aluno desrespeitar a lei, questionando o que foi feito por parte da prefeitura em caso positivo. No entanto, até o fechamento desta edição, não obteve retorno.

Reforma de escola
Na quarta-feira, dia 12, o prefeito Celso Ribeiro (Republicanos) publicou em suas redes sociais sobre a reforma e ampliação que está sendo realizada na EMEB Francisco Ribeiro Carril.
Segundo informou, seguem os trabalhos de acabamento e finalização das salas da parte istrativa, secretaria, diretoria, sala dos professores, cozinha e despensa, refeitório e banheiros da escola. O prefeito ressaltou que essa é mais uma obra importante para a educação municipal, onde a prefeitura segue com os investimentos.

DEIXE UMA RESPOSTA Cancelar resposta 4t2j1i

Por favor insira seu comentário
Por favor insira seu nome aqui